E foi assim: meias palavras. "Pra que rimar amor e dor?". Saí com uma sensação boa, quase explicável. A chuva arriscou uma tempestade e foi embora, tão rápida quanto a vontade do banho. Quando voltou eu já não era mais o mesmo. E aí foi uma tempestade. Só porque eu havia mudado.
A natureza tem dessas coisas. E ainda tem gente que gosta de mexer com ela.
Tinha algo a dizer, mas, quando cai, meu pensamento se misturou e foi levado pelas águas da chuva. Quando voltei já não tinha mais ninguém pra partilhar minhas ideias. Elas ficaram com raiva de mim, mas eu não tive culpa. Quando consegui juntá-las, já não faziam mais sentido depois de molhadas.
Plantei-as lá no jardim. Vai nascer um pé de ideias. Cada uma melhor que a outra. Uma ideia para tudo, para cada momento e situação. É só perguntar ao pé de ideias que ele responde, não precisa nem colher as ideias do pé. Basta perguntar. Mas não vale perguntas óbvias.
Fabiano
